A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.

Paulo Freire

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Momentos Inesquecíveis










CADERNO DE ATIVIDADES LÍNGUA PORTUGUESA – 5º ANO

EU, ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome...estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei,
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
(...)
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada. (...)
Carlos Drummond de Andrade (139 palavras
ATIVIDADES
1. O título sugere que o a pessoa
que se expressa no texto é tratada
(A) como uma grande celebridade.
(B) como parte de mercadorias.
(C) de maneira simples.
(D) com muito valor humano.
Justifique sua resposta com elementos extraídos do texto.
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2. O nome que está nas roupas, conforme os versos 1 e 2, refere-se
(A) ao sobrenome de alguém.
(B) ao título de um livro.
(C) à marca de um produto.
(D) ao nome do autor do texto.
3. Defina, com o auxílio do professor e de um bom dicionário, o conceito de:
a) Pronomes demonstrativos:
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b) Pronomes possessivos:
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4. Com o auxílio do professor (a) pesquise no texto e preencha os quadros abaixo com
pronomes demonstrativos e possessivos. Se no texto não houver todos os pronomes, pesquise
o restante em casa.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
PRONOMES POSSESSIVOS
SINGULAR
1ª PESSOA
2ª PESSOA
3ª PESSOA
PLURAL
1ª PESSOA
2ª PESSOA
3ª PESSOA
5. Apesar de anunciar bebida e cigarro nas roupas, o jovem
(A) não gostava das marcas que usava.
(B) jamais havia fumado ou bebido.
(C) defendia o uso de cigarro e bebida.
(D) achava que não estava errado.
6. A expressão “desde a cabeça ao bico dos sapatos” (verso 19) indica que o jovem fazia
propagandas
(A) no boné e no sapato.
(B) na blusa e nas meias.
(C) nas mãos e nos pés.
(D) por todo o seu corpo.
7. Além de roupas, são mencionados nos versos
(A) armas e munição.
(B) objetos do lar.
(C) artigos musicais.
(D) itens alimentícios.
8. A finalidade do poema em seus versos foi
(A) fazer um protesto.
(B) causar emoção
(C) provocar riso.
(D) elogiar alguém.
9. No final do poema, o jovem é considerado um escravo dos produtos que usa porque
(A) não obedece aos empresários.
(B) lhe falta identidade própria.
(C) concorda em alugar seu corpo.
(D) recusa usar qualquer marca.
10. Escreva abaixo 5 características de um texto poético.
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Olimpíada de História


Participantes da Olimpíada fazem entrevista especial
Os alunos da escola Coronel Virgilio Távora, participantes da 3ª ONHB fizeram uma entrevista muito especial com o Sr. José Agenor Lopes, no qual o entrevistado relata suas experiências de trabalho e informações sobre o ofício de sapateiro, profissão exercida por ele há muito tempo.
Na ocasião os participantes adquiriram informações fundamentais para a realização da 4° fase da olimpíada, proporcionando trocas de experiências sobre o patrimônio industrial e histórico de Morrinhos.
O trabalho com entrevistas foi bastante interessante por proporcionar um contato mais próximo com outras vivências relacionadas ao trabalho e com as técnicas da História Oral.
Cabe destacar que essa é a segunda oportunidade em que o senhor Agenor Lopes contribui com as tarefas da ONHB. Dessa vez, além de falar sobre sua vida, seu relato se estendeu às experiências profissionais do pai. Confiram o conteúdo completo nas reportagens que se seguem na Gazeta do Jovem Historiador. Boa leitura!


Membros da equipe O Futuro é dos Historiadores com o entrevistado Agenor Lopes.
Um olhar sobre os lugares do trabalho

Local utilizado como a primeira fábrica de Morrinhos. Ao fundo pode-se visualizar o maquinário utilizado na serraria, ultima forma de uso do local.
A antiga fábrica de sabão do senhor Expedito Lopes, localizada em Morrinhos - Ceará, foi fundada em 1958, com o intuito de desenvolver a cidade economicamente, pois na época, Morrinhos iniciava um percursso de muitas lutas políticas e sociais, travada pelas autoridades que se encontravam no local naquele tempo. Segundo o senhor Agenor Lopes, filho do proprietário da fábrica, seu pai tinha uma visão empreendedora, buscava colaborar para o desenvolvimento do município, mas também pensava nos lucros que iria obter com o sucesso do empreendimento.
Na época, a fábrica foi uma novidade na cidade, oportunizou empregos inicialmente para 30 pessoas e se progredisse esse número iria aumentar, pena que o negócio não perdurou por muito tempo, mas como o senhor Expedito era daquele tipo de pessoa que nunca desiste, a fábrica de sabão deu lugar a uma empacotadora de sal, que durou pouco tempo, o entrevistado não soube especificar precisamente quanto, e foi dando lugar a um curtume, depois a uma sapataria e por último a serraria, que funcionou até 2006, não durando mais porque os filhos não se interessaram em manter o negócio, alegando ser algo de pouco lucro e muito burocrática, acreditando não valer a pena permanecer com o empreendimento.
Para a equipe "O Futuro é dos Historiadores 2", as transformações pelas quais passou o empreendimento industrial do senhor Expedito Lopes apenas mostra a complexidade de produzir industrialmente numa cidade pequena e historicamente ligada à economia agrícola familiar, embora Agenor Lopes acredite que "se houvessem dado continuidade ao negócio, nossa cidade hoje poderia ser um pólo industrial, outros empresários poderiam investir nela, seguindo o exemplo de Expedito Lopes".
O patrimônio industrial de uma cidade é algo de grande importância para os habitantes, os velhos locais de trabalho não são apenas construções, e sim, uma memória viva de um passado significativo para cada um que viveu e vive no lugar.
A equipe acredita que a antiga fábrica da família Lopes, teve uma contribuição bastante relevante para o desenvolvimento econômico e industrial do município e que sua continuidade não prejudicaria seu povo, pois havia um cuidado todo especial por parte do administrador em conservar o patrimônio ambiental e ecológico que se encontrava em seu entorno, garantindo um patrimônio material e imaterial para a população em geral.
Entrevista: como era o trabalho naqueles dias
Segundo o ex-sapateiro José Agenor Lopes, 49 anos, morador de Morrinhos, "o trabalho para ele era algo prazeroso, apesar de o salário ser mínimo para tanto esforço, pois só ganhavam pelo que produziam e a cidade era muito pequena, consequentemente as vendas eram baixas e o dono não expandiu o negócio para outras cidades". Ao ser peguntado sobre o stress no trabalho, ele respondeu: "Nunca soube o que era isso, a vida para mim é só alegria, pois hoje sou um homem de muitas profissões, graças ao que pude aprender com meu pai".
Portanto, o trabalho naqueles dias era algo essencial para o desenvolvimento das pessoas, pois com ele, era adquirido o conhecimento transmitido de geração em geração, além do dinheiro para o sustento familiar.
Equipe aponta o que menos gosta e o que mais gosta na Olimpíada de História
Ao serem perguntados sobre o que mais gostam e o que menos gostam da Olimpíada de História, a equipe "O Futuro é dos Historiadores 2", responderam: "dos desafios trazidos em cada fase da olimpíada, proporcionando um ambiente de pesquisa e descobertas na busca de cada resposta. E o que menos gostamos é do pouco tempo para a realização de cada fase".

Epígrafe
"O trabalho é a melhor e a pior das coisas: a melhor, se for livre; a pior, se for escravo."
(Émile-Auguste Chartier, "Alain")



A equipe, O Futuro é dos Historiadores, fez entrevista com o Senhor Agenor Lopes sobre o trabalho, com o intuito de auxiliar na produção da Gazeta. Observe as fotos.